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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

José Bezerra Cavalcante


DA OBRA...

 
Fio Incondutor


Paixão não foste;sempre foste amor.
Paixão:só concerteza,não destino.
Eis a solidão de ser intiro,
sendo dois,
Meu amor vive e revive,
alheio á estrutura cronológica.
Não é linear.Éilígico e contraditório.
Invade minha vida de múltiplas direções
e latitudes várias,que se totalizam.
Esfinge singular,
decifra-me  e também devora-me.
Verdade inquestionável,interroga-me
extravasando minhas amplitudes,
sem subtrair-me novos horizontes.
Caminho em que me perco e reencontro,
querendo ter-te, sem saber-te tida,
certamente,talvez,um dia.


Amor Intinerante
"Viajo porque preciso.Volto porque te amo".
Eu fito
o para-choque do caminhão passante
e,amante aflito,
me surpreendo nele,viandante.
A estrada é sinuosa,e as colinas múltiplas.
O verde, rarefeito,
intercalado por vales e tantos picos.
Mas não viajo:fujo.
E, quando volto,abro-te o coração
flamante tanto quanto o instante
em que contigo sou una fusão
e não mais recorrente intermitência.
Um fundo abraço e beijo terminante,
fechando um ciclo dessa inconcludência. 


Olho Mágico 
 
É, parece seres tu,
espelhada em bruma,névoa sútil.
Sorris difusa,
em ângulos vários, irreais.
Ás vezes, sais de foco;
ás vezes,és imagem á toa.
Em minhas vigílias,
vagueias,silhueta errante.
Em sonho,és outrora,intacta.
Mas persistes,
minha sempre fantasia.





síndrome
 
De ti,
me sobra a falta;
de tua alheia pátria,
a beira alta
de um rio que não passa,
mas fundo me tranpassa.

É a tua margem
que me cerca ainda.
É a tua imagem
que no vazio vinga.












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